Foi um verdadeiro desafio conseguir um espaço na agenda do professor John. Desde meu primeiro contato até nosso encontro, quase duas semanas se passaram e várias tentativas de sair para tomar um café, não deram muito certo.
Finalmente mesmo com suas aulas na Academic Bridge, seus alunos particulares e administrando sua fanpage no facebook, na qual aborda diversos assuntos, conseguimos um horário para nos encontrar. Eu o esperei no lounge da escola após a aula. Ele chegou agitado poucos minutos depois e se sentou ao meu lado.
John é sem dúvida um dos professores mais queridos da Academic Bridge. Sempre muito prestativo, com aulas dinâmicas e uma didática impecável. Quando iniciamos nossa conversa, rapidamente, ele antecipou-se e disse o quão estava empolgado em ser o primeiro professor perfilado de uma série de posts que estão por vir.
Nascido no Norte da Irlanda, em Berry City, John viu em Dublin a oportunidade de desenvolver uma carreira na área acadêmica. Vivendo na cidade há mais de 16 anos, ele se descobriu ensinando a língua Inglesa. “Eu sou professor de Inglês há 12 anos, apenas em Dublin. Eu sempre gostei de aprender novos idiomas. Desde minha época da escola até a faculdade eu estudei alemão e Irlandês”, explica animado. Nitidamente é possível perceber sua vocação para ensinar, e também, aprender novas línguas.
Além disso, John ressalta que trabalhar como professor não é uma tarefa fácil, ainda mais ensinando um novo idioma, muitas vezes para alunos que pouco ou nada sabem. Nesse sentido é muito importante que o professor tenha sua motivação pessoal, algo que o inspire todos os dias. “Eu gosto de ser criativo e de trabalhar com pessoas. É incrível ver meus alunos progredindo a cada dia e desenvolvendo novas habilidades, dominando o Inglês. Eu me sinto tão orgulhoso, é tão incrível saber que você fez e faz parte desse processo”.
Conversamos mais um pouco sobre motivação e trabalho enquanto alguns alunos ainda deixavam a escola. John reforça a importância desses dois pontos na vida de um professor, uma vez que, ao ensinar um idioma para pessoas de diferentes nacionalidades você vai viajar sem precisar se mover.”Eu acredito que durante todo esse tempo o mundo veio até mim. Eu conheci e continuo conhecendo pessoas de toda parte do globo e não precisei sair da Irlanda para isso”, finaliza com um sorriso no rosto.
O fato de estar em contato com diferentes nacionalidades também pode ser um alerta. John explica que é preciso estar atento com os diferentes níveis de aprendizado em uma turma. Ele diz que nem todos os alunos aprendem da mesma maneira e esse pensamento o ajudou a sempre ser um professor flexível e criativo. Por um momento conversamos sobre os pricipais pontos do processo de aprendizagem da língua Inglesa e quão fundamental é o papel do professor.
John compreende que o professor tem um papel de extrema importância na vida de cada aluno que deixa seu país para viver essa experiência de intercâmbio. É mais do que simplesmente ensinar um novo idioma. É fazer parte de um dos momentos mais incríveis e inesquecíveis da vida deles. “Você nunca estará apenas habilitando pessoas a falar Inglês, você também faz parte dessa fase”.
E essa nova etapa não é composta apenas de “aprender o Inglês”. Muitos outros itens completam a experiência, mas todos eles estão ligados ao idioma. Motivo que faz o aluno e seu professor criarem uma conexão ainda mais forte. John decreve que o ensino da língua Inglesa está ligado com informações lógicas, fatos e o aluno aprende através de um formato. Mas apesar disso, para fazer com que o idioma seja útil, ele explica que trabalha o lado sentimental também, sempre abordando assuntos nos quais os alunos tem interesse. “Assim criamos um ambiente favorável para o aprendizado. Pode ser artes, música, esportes, não importa. Além disso a Academic Bridge possui uma estrutura incrível, o que me permite ter essa flexibilidade. Eu sempre procuro trazer coisas novas, informações, jornais, vídeos. Para mim é incrível poder trabalhar com essas ferramentas adicionais. Se eu estou ensinando gramática e lembro de uma música que pode ajudar a fixar aquele conteúdo, eu coloco ela, e os alunos adoram”, finaliza.
Quando seu celular começa a tocar, nós percebemos que mais de meia hora havia se passado. Mesmo com uma aula particular agendada, John insistiu em finalizarmos a entrevista expondo sua visão sobre os principais pontos de melhoria dos alunos. “O que eu espero de todos meus alunos é que eles usem a cidade e façam com que o aprendizado continue fora da sala de aula”. Ele reforça que os alunos com o aprendizado mais rápido, são os que procuram falar Inglês o máximo possível, quando não estão na escola. São os que fazem o dever de casa, assistem filmes ou séries, sem legendas (ou em Inglês). “Os alunos precisam se expor mais, falar com pessoas fora da sua zona de conforto. Se você quer aprender Inglês, você precisa fazer isso!”.
Ele finaliza com dicas incríveis para potencializar o aprendizado do idioma. Começando pelo básico: Fale com com todos que conseguir. “A prática leva a perfeição. Você não será um fluente em Inglês apenas sabendo gramática e vocabulário. Você precisa praticar, conversar! No começo pode ser difícil e complicado. Mas com o tempo, sua evolução será nítida”, acrescenta. Ele também diz que escutar radio pode potencializar, e muito, o “listening” dos alunos. “Procure escutar diferentes estações. Reserve algum tempo do seu dia para isso. Existem ótimas que posso indicar, como: Glasgow, Belfast, Liverpool, London, Auckland entre outras. Realizando essa atividade, o aluno não só estará treinando seu listening, mas também estará apto a compreender diferentes sotaquês”.
John salienta a importância da leitura no processo do aprendizado e reforça que os alunos devem ler todos os dias. Existem diversos livros para diferentes níveis de Inglês e essa prática vai contribuir muito para a expansão do vocabulário. ”Mais do que apenas ler, também é muito interessante participar de encontros de conversação. Dublin é cheia deles! Muitas vezes temáticos, inclusive. E eles ajudam com a prática do que se aprende na sala de aula”.
Por fim, o professor aconselha que o aluno tenha um diário. Ter um bom nível de escrita em Inglês é tão importante quanto falar ou escutar bem. Através de escritas diárias, combinadas com todas as outras dicas mencionadas, o aluno, sem dúvida, terá uma evolução muito grande em seu processo de aprendizado. “É interessante que o aluno seja criativo e aproveite as oportunidades de estar aqui em Dublin. Colocando essas simples dicas em prática, ele estará contruindo confiança no domínio do Inglês. Durante todos esses anos como professor, eu presenciei muitos alunos aperfeiçoando seu aprendizando de forma rápida”, finaliza.
John percebe que está um pouco atrasado para sua aula particular. Mas ambos estavámos com a sensação de que nossa conversa valeu muito a pena. Cumprimentei-o com um aperto de mão, agradecendo pela disponibilidade em falar comigo, pela excelente conversa e dicas, que, com certeza, também vou colocar em prática nos meus estudos.
Não deixe de conferir a fan page do professor John! True LIGHT Learning